quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Toasted


Talvez você seja do tipo que odeia cigarros, e talvez por isso você também odeie fumantes e todo o mundo [mágico] ligado a eles. Não, eu não vou te odiar por conta disso, afinal, nem fumar eu posso mais. Foi um complô das minhas coronárias com meu cardiologista e o fabricante de remédios para hipertensão, quase certeza, mas isso é assunto para outra epístola.

A primeira vez que eu fumei cigarro a arma utilizada foi um hollywood caribbean, rótulo verde, sabor mentolado, uma porcaria. Eram uns dias de experimentação e porraloquice, experimentei depois disso tantas marcas de cigarros quantas apareciam  no bolso dos amigos. Cigarro de galera não é aristocrata, é soviético, o que é de um é de todos, não passando o limite físico dos vinte.

Eu ainda não tinha chegado ao ponto de comprar meu próprio maço de cigarros, eu cria que não era um fumante. Tolinho. Até que chegou uma hora que a vontade foi maior que a comodidade, e eu fui até o caixa da padaria, também conhecido como delicatessen de fumante. O escolhido foi o free, mas esse lance não durou muito tempo.

Ela era a menor da turma, não era sensual nem essas coisas, mas tinha atitude, chamava atenção na medida certa. Quando chegou mais perto, sacou da bolsa também pequena um cigarro que eu só via em filme, ou em temporadas mais antigas da Formula 1: Lucky Strike. Eu me apaixonei, não pela menina, mas pelo cigarro.

O design da embalagem é algo feito na medida certa. Na minha análise do ponto de vista do cliente, aquele design quer mostrar que o mais importante está dentro da embalagem. É quase como uma lata de cerveja em formato de caixa de cigarros. O autor daquela obra prima é Raymond Loewy, o mesmo designer que criou os logos da Exxon, Shell e que redesenhou a garrafa e criou o logo da Coca-cola. Não, eu não sou nenhum designer gráfico tarado por produtos da maçã, mas se é pra foder com o sistema respiratório, que seja com estilo.